AMALGAMA DESFEITA
Fomos amálgama perfeição desde o primeiro dia
entre ânsia e suspiro
entre o amanhecer
e a maldição
Vinhas sempre
para cobrir meus defeitos
minhas dúvidas
meu xeque-mate
de dona do mundo
(e eu saia feliz do dentista...)
Eras o feitiço mais desejado:
Pó de prata
meia-noite
Alvoroço em meu coração
Perdi a noção!
Fui Diva
Com teu olhar
Sobre meus peitos ansiosos
E criei a alquimia
- feitiço inebriante –
do encontro
entre minhas coxas
e teus pêlos
entre meus cabelos
e teus dentes
entre minhas entradas
e teu cheiro
Éramos famintos, meu Deus!
Achei mesmo que podia ser caracol fêmea
em aspiral
por fora de ti
contigo dentro de mim...
Última fuga!
Amálgama desfeita!
Mineradora perdida!
Alquimista entre taças vazias
em escuridão
e solidão.
carla nobre
Enviado por carla nobre em 07/10/2009